terça-feira, 7 de outubro de 2014

HÁ 50 ANOS JÁ ERA ASSIM

Em uma consulta a empresários na semana antecedente ao primeiro turno das eleições de 2014, FLÁVIO ROCHA, presidente da RIACHUELO, concentrou seu foco na REFORMA TRABALHISTA e relatou: 

“Nossa Justiça contabiliza 2 milhões de processos trabalhistas por ano. Em 1 hora temos o número de ações que o JAPÃO tem em um ano. Em um dia, o mesmo que os ESTADOS UNIDOS tem em um ano. Em minha fábrica, funcionários e sindicatos concordaram e fizemos um trato: 15 minutos a menos de almoço e sair 15 minutos antes do horário. Mas quem deixa a empresa entra com ação alegando que não teve 1 hora de almoço. E ganha!” (Fonte: Blog do Madia)


Este relato me lembrou de um acontecimento no início dos anos 1960 que influenciou fortemente minha atuação como administrador de empresa. 

No jantar, meu pai (*) nos contou a razão de seu semblante triste e sua indignação com a justiça trabalhista brasileira. Em uma economia com uma inflação em torno dos 40% ao ano, ele havia tomado a decisão de aumentar os salários em 10% a cada trimestre, antecipando ao aumento anual que aconteceria somente no 1º de maio seguinte. Pois bem, ao chegar maio, o sindicato entrou na justiça exigindo os 40% sobre os salários já corrigidos. E ganharam! Sua tristeza e indignação estavam justificadas, assim como sua conclusão final: "Nunca mais repito erro semelhante. Infelizmente!". Mas a minha incompreensão e, de certa maneira, revolta, me acompanharam ao longo da vida.

No Brasil, em todas as áreas onde o governo tem a possibilidade de poder colocar seu dedo, pune-se, por precaução, os corretos em nome de "proteger" os cidadãos daqueles que agem incorretamente.

E para cereja deste bolo, na mesma consulta, JOSÉ OLYMPIO PEREIRA, presidente do banco CREDIT SUISSE vai direto ao ponto: “O BRASIL precisa de um presidente que comunique claramente à população a necessidade de se implantar a meritocracia no setor público e que se empenhe em mudar esse viés socialista que contamina a opinião pública”. 

(*) Não conheci até hoje homem mais íntegro e justo com seus funcionários do que ele.


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